A 15ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), que abrange 26 municípios, registra 46 casos suspeitos de dengue em sua área. Destes, 10 foram confirmados, 10 descartados e 26 permanecem em investigação. Apesar de o aumento de casos ser mais comum entre abril e maio, o cenário atual já preocupa as autoridades de saúde.
Em Sarandi, três casos suspeitos foram registrados, mas o principal motivo de alerta é o índice elevado de infestação pelo mosquito Aedes Aegypti, apontado no levantamento realizado neste mês de janeiro. O estudo revelou a presença do mosquito em grande número e um alto risco de surto. As principais fontes de foco identificadas estavam em recipientes de uso diário, como bebedouros de animais e vasos de plantas, e não em materiais descartados ou abandonados.
Mari Duranti, diretora da Vigilância em Saúde de Sarandi, destacou a importância da colaboração da comunidade. Segundo ela, “as ações realizadas, como a Coleta de Pneus e o Mutirão de Limpeza Contra a Dengue, têm mostrado resultados positivos graças ao engajamento da população, mas é fundamental que todos continuem atentos e eliminem focos do mosquito em suas casas”. Até o momento, foram recolhidas 14 toneladas de pneus na cidade, resultado de um esforço conjunto entre as secretarias municipais do Meio Ambiente e da Saúde, Vigilância em Saúde, Prefeitura de Sarandi e diversas entidades locais.
Além disso, agentes de endemia realizam visitas domiciliares e levantamentos contínuos ao longo do ano para monitorar o índice de infestação e orientar a população. Hoje, dia 28 de janeiro, uma capacitação foi promovida em Sarandi para atualizar os agentes sanitários sobre as melhores práticas de combate ao Aedes aegypti.
Outro ponto de preocupação é a circulação de um novo sorotipo de dengue no Brasil, que pode aumentar o risco de casos graves. Por isso, o momento é considerado crucial para reduzir os focos e minimizar os problemas no futuro.
A Vigilância em Saúde enfatiza que a melhor forma de prevenção continua sendo a eliminação dos criadouros do mosquito. “Agora é hora de cada um fazer a sua parte. Somente assim podemos evitar um surto e proteger nossa comunidade”, concluiu Mari.
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