O Ministério Público do Rio Grande do Sul instaurou um Inquérito Civil para apurar possíveis falhas na legalidade e na publicidade dos atos administrativos relacionados à seleção de beneficiários do programa habitacional “Morar Melhor Sarandi”, integrante do Minha Casa Minha Vida.
No procedimento, a Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), prestou informações apontando irregularidades na lista de famílias enviada pela prefeitura em gestões anteriores. Segundo a instituição, a relação de beneficiários encaminhada em 2022 não atendeu ao procedimento regulamentar previsto pela Portaria nº 2.042/2022 do Ministério do Desenvolvimento Regional, nem foi acompanhada de documentação que comprovasse a realização de processo seletivo público.
De acordo com o ofício da Caixa, mesmo após novo envio da lista em 2024, a validação não ocorreu porque a prefeitura não observou os critérios legais, como a utilização do Cadastro Único (CadÚnico) e a devida publicidade do processo. Além disso, não houve comprovação de edital ou critérios transparentes de seleção, o que inviabilizou o início dos contratos com os beneficiários.
Diante desse cenário, a promotora de Justiça Nicoli Almeida Manfrin expediu uma Recomendação Administrativa ao município de Sarandi, exigindo a instauração imediata de um processo seletivo público, com edital amplamente divulgado em canais oficiais, prazo mínimo de 30 dias e observância integral da Portaria nº 738/2024 do Ministério das Cidades. A orientação também determina que a prefeitura conclua o processo dentro do prazo legal, garantindo que a lista final de beneficiários seja encaminhada à Caixa antes de 50% da execução das obras.
O contrato do empreendimento, assinado em fevereiro de 2025, permanece vigente, com cláusulas já regularizadas e em fase inicial de obras. Entretanto, a continuidade do convênio, a liberação dos recursos e a entrega das 200 unidades habitacionais dependem da adequação das medidas recomendadas.
O Ministério Público alertou ainda que o não cumprimento das orientações poderá resultar em medidas judiciais e extrajudiciais, incluindo o ajuizamento de uma Ação Civil Pública para assegurar a moralidade administrativa, a transparência e a correta aplicação dos recursos públicos.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |