Jogador do São Paulo denuncia caso de racismo durante jogo da Copa do Brasil Sub-20 contra o Fortaleza

A partida entre São Paulo e Fortaleza, válida pela ida das quartas de final da Copa do Brasil Sub-20, na noite desta quarta-feira (12), foi marcada por uma denúncia de racismo. O meia Djhordney, do São Paulo, acusou o chileno Rocco, jogador do Fortaleza, de proferir insultos racistas durante o confronto.

O jogo foi interrompido aos 26 minutos do primeiro tempo por cerca de quatro minutos, após o árbitro Paulo Vitor de Lima Pereira acionar o protocolo antirracista da Fifa — procedimento adotado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Apesar da paralisação, ambos os atletas permaneceram em campo e não houve punições imediatas.

O meia Andrade, companheiro de Djhordney, manifestou indignação com o caso e cobrou medidas firmes contra o adversário. “Não podemos mais admitir isso. Tem que sair daqui para a delegacia. A gente tem que ver o mais rápido possível. Não ouvi, mas meus amigos ouviram”, declarou o jogador.

Em contrapartida, Lucas Emanoel, do Fortaleza, defendeu o companheiro de equipe, mas reconheceu a gravidade da denúncia. “Ele é um menino do bem, acredito que ele não falou isso. Mas também temos que respeitar o jogador do São Paulo”, afirmou.

Por meio de nota oficial, o São Paulo Futebol Clube repudiou o episódio e declarou apoio ao atleta. “O São Paulo Futebol Clube repudia, veementemente, o ato de racismo ocorrido contra o jogador Djhordney durante a partida contra o Fortaleza, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil Sub-20. Não há espaço para o racismo no futebol nem em qualquer outro lugar da sociedade. O clube oferecerá todo o suporte necessário ao atleta e tomará as medidas cabíveis diante desse repugnante episódio de discriminação”, diz o comunicado.

A Confederação Brasileira de Futebol ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.