Aneel mantém bandeira vermelha patamar 2 em setembro e energia segue mais cara

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de setembro. Com isso, a conta de luz seguirá mais cara para os consumidores em todo o país.

Segundo a agência reguladora, os reservatórios das usinas hidrelétricas permanecem com níveis abaixo da média, o que compromete a geração de energia. Diante desse cenário, há necessidade de maior acionamento das usinas termelétricas, que possuem custos de produção mais elevados.

Na prática, a bandeira vermelha 2 representa um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A Aneel também projeta um reajuste médio de 6,3% nas tarifas de energia elétrica em 2025, percentual acima da inflação estimada pelo mercado para este ano, de 5,05%. O aumento previsto está relacionado, principalmente, ao orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fixado em R$ 49,2 bilhões para 2025 — R$ 8,6 bilhões a mais do que o valor anterior.

A CDE é um fundo setorial custeado por cobranças embutidas nas contas de luz, multas aplicadas pelo setor e aportes do Tesouro Nacional. O peso da energia elétrica no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), equivalente a cerca de 4% da cesta de consumo das famílias, reforça a preocupação com os impactos do reajuste.

O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel sinaliza os custos de geração de energia elétrica:

• Bandeira verde: condições favoráveis, sem custo adicional;
• Bandeira amarela: condições menos favoráveis, taxa de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos;
• Bandeira vermelha patamar 1: condições desfavoráveis, taxa de R$ 4,46 a cada 100 kWh;
• Bandeira vermelha patamar 2: condições muito desfavoráveis, taxa de R$ 7,87 a cada 100 kWh.