Assembleia aprova contratação emergencial de professores na rede pública do RS

Assembleia Legislativa aprovou de forma unânime na terça-feira (22/08), a contratação emergencial de cinco mil professores, além da manutenção de 25 mil que já ocupam o cargo nas escolas da rede estadual de educação. A medida também garante a contratação e manutenção de ocupantes de cargos de orientadores, supervisores de escolas e técnicos. Outra alteração aprovada no texto foi a ampliação da manutenção dos contratos de três anos para até cinco anos. 

O Estado conta com 45% do quadro de professores composto por temporários. Somadas as funções, serão nove mil novas contratações emergenciais e mais de 36 mil prorrogações.

Apesar da aprovação com todos os votos favoráveis, o tema no plenário foi debatido de forma tensa, surgindo duras criticas ao Governo Eduardo Leite e a pasta da Educação. Também, Deputados da base rebateram relembrando contratações emergenciais nos governos do PT à frente do Piratini.

A deputada Sofia Cavedon (PT) criticou o modelo de contratação que chamou de “política de recursos humanos” do governo de Leite e a realização apenas de um concurso em seus mandatos, realizado neste ano para a contratação de 1,5 mil servidores, ainda não nomeados. O último concurso havia sido realizado há nove anos. O governo anunciou novas seleções para seis  mil vagas, sendo três mil no ano que vem e outras três mil em 2025. 

A deputada Luciana Genro (PSol) foi na mesma linha quanto às críticas, dizendo haver profissionais há 30 anos trabalhando com contratos emergenciais e “de forma precarizada”. A ideia da proposta era preservar profissionais temporários em licença-saúde do encerramento de seus contratos. 

Houve também críticas à condição da estrutura das escolas públicas estaduais, sendo que o governo Leite elencou a educação como prioridade da sua segunda gestão.

Apesar das críticas, os oposicionistas apontaram o voto favorável como forma de “evitar o caos” no sistema de educação, com um “apagão” nas escolas, sem professores.

Fonte: Correio do Povo;