Até o momento megaoperação contra o Comando Vermelho deixa 64 mortos e 81 presos no Rio de Janeiro

Uma megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28), até o momento, nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de pelo menos 64 pessoas — entre elas quatro policiais — e na prisão de 81 suspeitos. Segundo o Palácio Guanabara, trata-se da operação mais letal da história do estado.

A ação integra a Operação Contenção, estratégia permanente do governo fluminense para conter o avanço do Comando Vermelho (CV) em territórios do Rio. Cerca de 2.500 agentes das forças de segurança participaram da ofensiva, com objetivo de cumprir 100 mandados de prisão. Logo nas primeiras horas do dia, criminosos reagiram com tiros e barricadas em chamas.

Em retaliação, traficantes espalharam represálias por diversos pontos da cidade. Veículos e entulhos foram usados para bloquear vias como a Linha Amarela, a Grajaú-Jacarepaguá e a Rua Dias da Cruz, no Méier. Devido ao cenário, o Centro de Operações e Resiliência elevou o estágio operacional da cidade para nível 2, enquanto a PM colocou todo o efetivo nas ruas.

A Polícia Civil relatou que criminosos chegaram a utilizar drones para lançar explosivos, além de fugas em grupo pela parte alta das comunidades, lembrando episódios de 2010 durante a ocupação do Alemão.

Entre os presos estão Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo, apontado como um dos chefes do CV na região, e Nicolas Fernandes Soares, suspeito de atuar como operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, um dos líderes da facção.

O secretário de Segurança Pública do estado, Victor Santos, afirmou que a operação foi planejada com antecedência e ressaltou que não houve apoio do governo federal.