Brigada Militar forma primeira mulher aeropiloto no RS

A capitã Mariana Tigik Hoffmann, de 37 anos, fez o curso teórico para aeropiloto durante a pandemia, cuidando do filho de um ano, e diz: “Nós temos capacidade”. O objetivo agora é de conduzir aeronaves de maior porte, que transportam autoridades, órgãos para transplante e até pacientes em situação de emergência, como forma de retribuir o que o estado proporcionou a ela.

“Eu vejo como uma contraprestação a tudo que o estado está me proporcionando, o que eu posso dar, dentro das minhas possibilidades, para o estado. Eu acho bonito, é uma missão bonita”, justifica a policial.

A oportunidade surgiu com o curso de aeropoliciais, no qual a militar foi a primeira mulher a se habilitar na história da coorporação, no dia 07 de julho. “Quero que outras mulheres se sintam encorajadas a aceitar novos desafios, seja na Brigada, seja em outra carreira”, diz.

Natural de Porto Alegre, casada e mãe, Mariana agora se prepara para a prática. Diz sempre ter interesse pela aviação, mas como dependia de cursos caros para formação, não podia custear e assim atrasou o sonho. “Antes de ser capitã, eu sempre gostei dessa questão da aviação. Tive vontade de fazer aula de aviação, mas o problema é que o curso é muito caro, é um custo excessivo, para poucos. Minha família não suportaria isso para mim”, relata.

Nas aulas aprendeu sobre a teoria do voo, mecânica de aeronaves, tráfego aéreo, segurança de voo, navegação, meteorologia, legislação, entre outras disciplinas. Ela reconhece a importância de seu exemplo para outras mulheres: “toda esta repercussão sirva como um encorajamento para os outros. Pra ver que, mesmo com filho, sendo mulher, tendo mais um milhão de coisas pra fazer – estava bem na minha carreira, estava bem onde eu estava – não precisa ter medo de mudar. Se tem vontade, tem que aceitar os desafios. Eu espero que isso sirva de referência, uma referência positiva para as demais”, finaliza a capitã.

Fonte: G1 Portal de Notícias – Rio Grande do Sul