Cheias no RS: Rio Uruguai está acima da “cota de inundação” e com tendência de elevação em alguns pontos

As chuvas, que voltaram a se intensificar no início de novembro na região da Bacia do Rio Uruguai, no Rio Grande do Sul, causaram nova elevação dos níveis dos rios. Nos municípios de Itaqui e Uruguaiana, o rio está acima da “cota de inundação” e a tendência é de elevação do nível. Em São Borja, a situação também é de inundação, mas com tendência de declínio. As informações constam em Boletim de Alerta Hidrológico divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) na quarta-feira (08/11), por meio do Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE).

“Em Uruguaiana, Itaqui e São Borja, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, o Rio Uruguai já estava em inundação quando os níveis voltaram a subir, em decorrência das chuvas mais recentes. Nesses municípios existem pessoas fora de suas residências desde setembro. Além disso, os níveis elevados interromperam o transporte através de balsas e pontes, no Rio Uruguai e em outros rios da região”, explica a engenheira hidróloga do SGB Camila Mattiuzi.

Durante o último pico da cheia, 11 municípios monitorados pelo Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Uruguai (SAH Uruguai) ficaram em situação de inundação: Uruguaiana, Itaqui, São Borja, Garruchos, Iraí, Porto Lucena e Porto Mauá, no Rio Grande do Sul; e Itapiranga, São Carlos, Joaçaba e Otacílio Costa, em Santa Catarina. No município gaúcho Alto Uruguai e nos catarinenses Guaraciaba, Saudades, Tangará e Rio das Antas, os rios ficaram na “cota de alerta”.

Operação de alerta

Desde o dia 5 de setembro, o Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Uruguai (SAH Uruguai) está em operação de alerta, devido às fortes chuvas no estado do Rio Grande do Sul. Já foram emitidos mais de 170 boletins de alerta hidrológico pelo SAH Uruguai. Esse procedimento inicia sempre que o nível dos rios ultrapassa a “cota de alerta” nos municípios monitorados.

Com os boletins, o SGB informa sobre as cotas que o rio deve atingir nos municípios e possibilita antecipar cenários nas cidades localizadas na bacia. Desse modo, o SGB auxilia defesas civis e órgãos municipais nas atividades de prevenção e apoio às populações afetadas ou em risco de inundações.

Fonte: Serviço Geológico do Brasil – Ministério de Minas e Energia – Governo Federal;