Crise no campo pode retirar 30% dos produtores da atividade em cinco anos, alerta setor no RS

A crise que se intensifica no agronegócio gaúcho tem gerado preocupação entre lideranças e entidades do setor. Reunidos nesta quinta-feira (23), na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), em Porto Alegre, representantes rurais apresentaram uma série de propostas consideradas urgentes para evitar o abandono da atividade por parte de produtores.

O documento, chamado informalmente de “receita” contra a crise, será encaminhado aos órgãos competentes, em busca de medidas emergenciais e também estruturais. Um novo encontro está agendado para a próxima quinta-feira (30), às 14h, na sede da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), com o objetivo de avançar nas negociações.

A queda acentuada nos preços de produtos como arroz, leite e trigo, aliada ao aumento da produção e à baixa rentabilidade, tem criado um ambiente de incerteza no campo. O diretor jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz), Anderson Belloli, alertou para o impacto de longo prazo.

Segundo ele, se nada for feito, o Rio Grande do Sul pode enfrentar um cenário inédito, “nos próximos cinco anos, 30% dos produtores podem não estar mais trabalhando na área no Estado”.  O setor espera que o diálogo com autoridades resulte em ações capazes de preservar a produção e evitar o êxodo rural.