Enquanto muitas cidades grandes anseiam pela oportunidade de vacinarem a sua população contra a Covid-19, um pequeno município no norte do Rio Grande do Sul, com área de 71 km² e emancipado em 1992, lidera um ranking que tem orgulhado seus moradores: proporcionalmente, Engenho Velho lidera as aplicações da primeira dose (60%) e da segunda (40,5%) no Estado. É a cidade gaúcha mais próxima a chegar aos 100% de seus residentes imunizados.
Um dos fatos que contribuem com o dado é o número de moradores, apenas 1.088 pessoas, que faz de Engenho Velho o menos populoso município gaúcho e o quarto colocado no ranking entre todas as cidades brasileiras, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do ano passado.“Na verdade, já somos quase 1.600, mas ainda não conseguimos registrar”, garante o prefeito Diego Bergamaschi (PT), que formou chapa única na eleição de 2020, vitoriosa com 794 votos.
Inegável é que o município, localizado na região conhecida como Alto Uruguai, é daquelas localidades típicas do interior, onde primam pela tranquilidade, que se contrapõem à velocidade das metrópoles e a maioria das pessoas conhece.
Até o momento, Engenho Velho registrou 93 casos confirmados de Covid-19, dos quais 86 pacientes já recuperados, e apenas dois óbitos. Desde que recebeu o primeiro lote de doses de Coronavac, em janeiro deste ano, o município já aplicou 1.016 das 1.165 doses recebidas, que também incluem a vacina AstraZeneca. Ao todo, 609 pessoas receberam a primeira dose e 407 a segunda aplicação.
“A maior parte das doses foi para os povos indígenas, que ocupam 51% da área destinada à reserva que temos aqui”, explica o prefeito. Dos índios caingangues locais, 250 já foram aplicados com a primeira dose e 226 com a segunda.
Atualmente, a imunização está na etapa da faixa etária a partir de 40 anos com comorbidades. Ivânio Trombetta, mais conhecido como Nico, aos 60 anos, já tomou sua primeira dose. Dono de um mercado que leva o seu apelido, exibe no fala o tom de quem agora está mais tranquilo em relação à doença do que no ano passado. “(A vacina) era muito esperada, mas acho que tem muito mais gente vacinada do que 60%”, chuta.
Em julho, uma nova aplicação de AstraZeneca vai completar o seu esquema vacinal. “E, no mais, por aqui, é só calmaria. Dá até pra dormir de tarde”, brinca. Sem comorbidades, Isaac Varili, 34 anos, está na expectativa. “Meus pais já se vacinaram. Acredito que até o final do ano chegue a minha vez”, diz o comerciante de grãos e varejo em uma cooperativa na cidade.
O prefeito está contente com o andamento da vacinação, mas gostaria de levar as doses a toda a população o mais rápido possível. “Com os recursos que temos no município, teríamos condições de comprar vacina para todos, já que as prefeituras agora têm a possibilidade de adquirir. É nossa intenção, se não vierem mais”, adianta Bergamaschi.
Fonte: Correio do povo
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