Exames de toque, sangue e imagem são essenciais para detectar o câncer de próstata precocemente

Mais de 71,7 mil homens devem ser diagnosticados com câncer de próstata no Brasil em 2025, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar de ser o tipo de câncer mais comum entre os homens, o tema ainda enfrenta tabus e resistência, o que atrasa o diagnóstico e reduz as chances de cura.

De acordo com o urologista Leonardo Bandeira, do Centro de Oncologia do Hospital de Clínicas de Ijuí (HCI), mais de 90% dos casos têm cura quando descobertos precocemente.

Nos estágios iniciais, a doença geralmente não apresenta sintomas, o que torna os exames de rastreamento fundamentais. Os principais são: PSA (Antígeno Prostático Específico): exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata. Níveis elevados podem indicar alterações na glândula, inclusive câncer; Toque retal: permite ao médico avaliar o tamanho, a forma e a consistência da próstata. É um procedimento rápido e seguro, que dura cerca de 10 segundos, mas ainda enfrenta resistência por motivos culturais; Exames de imagem, como a ressonância magnética, auxiliam na identificação de possíveis lesões suspeitas.

Quando há indícios de alterações, o passo seguinte é a biópsia da próstata, que confirma ou descarta a presença de células cancerígenas. Em casos positivos, exames complementares ajudam a determinar se a doença se espalhou para outras partes do corpo.

Especialistas reforçam que a detecção precoce é a principal aliada na cura do câncer de próstata, e que vencer o preconceito em relação aos exames é um passo essencial para preservar a saúde masculina.