A Fecomércio-RS divulgou a edição de novembro de 2024 da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias (PEIC-RS). A pesquisa é realizada em todas as capitais brasileiras pela CNC. No período, o percentual de famílias endividadas foi de 93,0%. O percentual de contas em atraso foi de 36,4% e os que não terão condições de quitar nenhuma parte das dívidas nos próximos trinta dias foi de 3,1%. As entrevistas foram realizadas em Porto Alegre, nos últimos 10 dias do mês de setembro de 2024.
O percentual de famílias endividadas ao registrar 93,0% interrompeu uma série de cinco altas marginais consecutivas do percentual. Na edição de outubro de 2024, esse percentual era de 94,2% e, em novembro de 2023 de 90,9%. Na margem, o percentual de famílias que se considera muito endividada caiu de 28,9% para 26,9%. Todavia, o percentual daqueles que se consideram mais ou menos endividados vem aumentando significativamente nos últimos meses à medida que os poucos endividados se reduz. Em proporção da renda, a parcela comprometida com o pagamento de dívidas registrou 27,8%, apresentando leve aumento em relação a novembro de 2023 e permanecendo praticamente constante com relação à outubro de 2024.
O percentual de contas em atraso, ao registrar 36,4%, apresentou o terceiro recuo marginal consecutivo. O tempo de pagamento com atraso apresentou redução, especialmente na comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto que em novembro de 2023 era de 34,9 dias e em outubro de 2024 de 30,2 dias, em novembro de 2024 foi de 29,8 dias.
Já o percentual de famílias que não terão condições de quitar nenhuma parte das dívidas nos próximos 30 dias foi de 3,1%, inferior ao de outubro de 2024 (3,4%), mas ainda superior ao de novembro de 2023 (2,6%). A queda do indicador na margem foi acompanhada de um aumento no percentual de famílias que afirmam ter condições de quitar a totalidade das contas em aberto no próximo mês, um sinal positivo na análise da inadimplência.
De um modo geral, o resultado da PEIC é positivo. Passados seis meses da tragédia, apesar do aumento do endividamento e da inadimplência, os números começam a retroceder sem ter alcançado as máximas históricas. A inflação mais baixa em Porto Alegre do que na média brasileira, também reduz a pressão sobre o orçamento das famílias. A alta dos juros, porém, deverá ter reflexo na inadimplência futura. Ainda que a maior parte das dívidas das pessoas físicas seja pré-fixada, as novas dívidas serão adquiridas a juros maiores. “Apesar dos bons números da PEIC-RS de novembro de 2024, é importante lembrar que o futuro ainda nos reserva muita incerteza. Com juros maiores, o apetite por crédito diminui e a inadimplência cresce, dois fatores que pesam contra a dinâmica do comércio e dos serviços”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
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