Furacão Melissa deixa rastro de destruição e mais de 25 mortos no Caribe

Moradores de várias ilhas do norte do Caribe iniciaram nesta quinta-feira (30) a remoção dos destroços deixados pela passagem devastadora do Furacão Melissa, enquanto o número de mortos continua a subir. Apenas no Haiti, ao menos 25 pessoas perderam a vida e 18 estão desaparecidas, segundo as autoridades locais. Há também registros de vítimas na Jamaica.

Na quarta-feira (29), a Organização das Nações Unidas (ONU) classificou os estragos provocados pela tempestade como de “níveis sem precedentes”. A previsão é de que o furacão siga em direção oeste das Bermudas até o fim desta quinta-feira.

No sudeste da Jamaica, o som de maquinários pesados, motosserras e facões marcou o início da limpeza das áreas mais afetadas. Equipes do governo e voluntários trabalham para liberar estradas e alcançar comunidades isoladas, atingidas em cheio por uma das tempestades atlânticas mais intensas já registradas. Moradores, ainda em choque, observavam casas destelhadas e pertences espalhados pelas ruas.

No Haiti, além das mortes e desaparecimentos, o país enfrenta inundações severas e danos extensos em infraestrutura e moradias, especialmente na região sul.

Em Cuba, as autoridades também começaram a desobstruir estradas e vias com o apoio de equipamentos pesados e das Forças Armadas, que atuam no resgate de pessoas presas em áreas isoladas e sob risco de deslizamentos.

Apesar da gravidade dos impactos, não houve registros de mortes em Cuba, graças à ação preventiva da Defesa Civil, que retirou mais de 735 mil pessoas das zonas de risco antes da chegada do furacão.