Governo mantém suspensão do horário de verão e avalia possível retorno apenas em 2026

O horário de verão, extinto em 2019, não será adotado em 2025, informou o Ministério de Minas e Energia (MME). Apesar de discussões sobre seu retorno, o governo federal decidiu manter os relógios inalterados em outubro, mantendo a suspensão da medida.

De acordo com avaliação técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do MME, o país não enfrenta risco de falta de energia que justifique a volta do horário de verão. Além disso, os ganhos energéticos que a medida proporcionava no passado diminuíram, principalmente devido ao maior uso de ar-condicionado e equipamentos elétricos durante o dia.

Os defensores do horário de verão argumentam que a medida poderia reduzir o consumo no horário de pico, beneficiar setores como comércio, bares e turismo e aumentar a sensação de segurança nas ruas graças à maior claridade no fim da tarde.

Por outro lado, especialistas em saúde e energia destacam que a mudança afeta o sono e o ritmo biológico, especialmente de crianças e trabalhadores de turno fixo, e que a economia de energia atualmente é mínima, já que o consumo concentra-se em refrigeração e eletrônicos, não em iluminação.

O ministro Alexandre Silveira afirmou que o tema continuará em análise, mas não há decisão política nem técnica para a retomada neste momento. “A possibilidade existe, mas precisa estar baseada em dados concretos sobre consumo e demanda de energia”, disse.

O governo deve reavaliar a medida em 2026, considerando o comportamento do consumo elétrico e a situação dos reservatórios. Até lá, o Brasil seguirá sem horário de verão. Pesquisas recentes mostram que a população está dividida: metade é favorável ao retorno, enquanto a outra metade prefere manter o horário atual, citando nostalgia e aproveitamento maior do fim do dia como principais argumentos.