Justiça aumenta penas de pai e madrasta de Bernardo Boldrini por tortura e abandono

A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu, nesta semana, aumentar as penas de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, pai e madrasta de Bernardo Uglione Boldrini, pelos crimes de tortura e abandono material contra o menino, assassinado em 2014, aos 11 anos.

Além de manter as condenações já impostas em primeira instância, a decisão ampliou significativamente as punições. Leandro e Graciele foram condenados a: 13 anos e 15 dias de reclusão em regime fechado pelo crime de tortura; e 4 anos, 9 meses e 15 dias de detenção em regime semiaberto por abandono material.

Os réus também foram sentenciados ao pagamento de multa no valor correspondente a dez vezes o maior salário mínimo vigente à época dos crimes, corrigido pelo IGP-M. Já a acusação de submissão a vexame e constrangimento foi extinta por prescrição.

Na sentença original, os condenados haviam recebido penas menores: 5 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão, além de 2 anos e 6 meses de detenção e multa.

O caso de Bernardo chocou o país em 2014, quando o corpo do menino foi encontrado enterrado em um matagal no interior do município de Frederico Westphalen (RS).