MPRS denuncia vice-prefeito e outras 3 pessoas por assassinato de secretário de saúde de Bom Progresso-RS
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Três Passos, denunciou na terça-feira (29/11) o vice-prefeito de Bom Progresso e outras três pessoas pelo assassinato de Jarbas David Heinle, 44 anos, então Secretário de Saúde de Bom Progresso e filho do Prefeito Armindo David Heinle (PP), naquele município.
Os quatro foram acusados pelos promotores de Justiça Fernanda Ramires e Caio Isola de Aro por homicídio duplamente qualificado – dois deles por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, e os outros dois por crime cometido mediante paga recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime aconteceu em 10 de setembro deste ano na localidade de Lajeado Biriva, interior de Bom Progresso. Segundo os promotores, dois dos denunciados esperaram escondidos a vítima chegar em sua casa e um deles atirou com arma de fogo contra Jarbas. Depois, a dupla fugiu em uma motocicleta. O vice-prefeito Maicon Leandro Vieira Leite (PDT) e o outro acusado Cloves de Oliveira – conhecido como Faísca, que concorreu à vaga de prefeito em 2020 pelo PSB e foi derrotado pelo pai de Jarbas – foram os mandantes e pagaram pelo assassinato.
Para os promotores, o crime foi encomendado pelos dois mandantes porque eles pretendiam, com a morte da vítima, ter o caminho facilitado para concorrerem às próximas eleições municipais de Bom Progresso. Os dois estão soltos apesar dos pedidos de prisão preventiva do MPRS. Dos executores, um está preso e o outro foragido.
A Polícia Civil concluiu que o secretário foi morto sob encomenda por motivação política ao custo de R$ 50 mil. A investigação comandada pelo delegado Marion Volino, de Três Passos, conseguiu detalhes de como teria sido o plano e a negociação para o crime: Sérgio Ribeiro dos Santos – que seria responsável por contratar o atirador e levá-lo até a casa de Jarbas – teria recebido R$ 30 mil, uma carta de emprego como pintor para conseguir sair do presídio e trabalhar depois do crime, e também a promessa de um cargo na prefeitura com salário de R$ 3 mil quando os mandantes tivessem sucesso em assumir o comando da cidade. Matheus Gabriel Muller Merel, o atirador – que é ligado a uma facção – teria recebido R$ 20 mil.
Fonte: MPRS- Imprensa Médio Uruguai; GZH;
