Multidão em desespero tenta fugir do Talibã

As imagens são surpreendentes, milhares de pessoas reunidas no aeroporto de Cabul no Afeganistão, em tentativa desesperada de fugir após o Talibã, grupo terrorista extremista, tomar o poder.

Vídeos mostram pessoas tentando adentrar aeronaves paradas e subindo em um avião da força aérea americana que estava prestes a decolar, agarrando-se à fuselagem do avião. O tumulto deixou mortos e feridos, após a decolagem ainda via-se pessoas caindo da aeronave.

2,5 mil fuzileiros navais americanos foram enviados ao local, tropas turcas passaram a ajudar na proteção ao aeroporto. A autoridade de aviação afegã afirmou que o aeroporto havia sido “liberado para os militares” e aconselhou as companhias aéreas a evitarem o espaço aéreo do país, o que levou as principais delas a desviarem voos, e cancelarem a maioria.

Após as tentativas, o acesso ao aeroporto foi bloqueado, onde estabeleceu-se um cordão de isolamento e tiros em advertência foram disparados. Os poucos aviões que ainda estão para decolar priorizam a retirada de estrangeiros, os afegãos seguem desamparados e cercados.

Os afegãos estão tentando deixar o país após o Talibã tomar a capital Cabul e voltar ao poder depois de 20 anos. O presidente fugiu do país neste domingo (15/08).

O medo cerca a comunidade, principalmente as mulheres de áreas controladas pelo Talibã, que descrevem ser forçadas a voltar usar burcas e que militantes espancaram pessoas por infringirem as regras sociais. Os islamistas radicais restringiram a educação para meninas com mais de 10 anos e punições brutais foram impostas, incluindo execuções públicas, além de libertarem criminosos nas prisões e iniciarem a remoção de propagandas nas ruas que violem seus ideais.

A ofensiva relâmpago do grupo extremista ocorre pouco meses após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que iria retirar as tropas americanas do país, com previsão para a saída total em setembro. Desde então, o grupo extremista foi ganhando cada vez mais terreno — e impôs suas regras nas áreas que passou a controlar.

Fonte: Portal G1.