Até 26 de dezembro, foram 31 casos no 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros, que atende 134 municípios
Até 26 de dezembro de 2023, o 7º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM), responsável por atender 134 municípios do norte gaúcho, registrou 31 mortes por afogamentos. O número é 4,43 vezes maior que o registrado em todo o ano de 2022, quando a região somou sete casos.
Segundo o sargento Éderson de Bairros, que coordena a equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros, o aumento significativo tem a ver com o excesso de chuvas registrado a partir do segundo semestre de 2023.
O volume reúne casos como os carros levados pela água em Mato Castelhano, em setembro, e Coqueiros do Sul e o condutor da balsa que virou em Marcelino Ramos, em novembro. Não é por acaso: a região como um todo registrou índices mais altos de chuva em 2023. Em Passo Fundo, por exemplo, o acumulado foi de 2.555,6 milímetros até 27 de dezembro, mais que a média anual esperada de 1.930mm.
Mas, mesmo com as ocorrências das cheias, o número foi muito superior — afirmou o sargento.
Dos 31 afogamentos de 2023 nos 134 municípios atendidos pelo 7º Batalhão, sete aconteceram de novembro em diante. Fora as enchentes. O major Alessandro Bauer, que comanda o setor, aponta que o consumo de álcool é um dos principais responsáveis pelos incidentes.
— O álcool aguça uma coragem adicional ao banhista. No entanto, nesse momento o corpo não está respondendo da mesma forma de quando a pessoa está sóbria. Assim, a bebida reduz os reflexos e o potencial de força — explica.
Segundo levantamento de GZH, em todo o RS foram 16 mortes por afogamento desde 16 de dezembro. Todas as ocorrências foram em água doce, como rios, lagos, açudes, arroios ou cachoeiras. O mais comum é que os incidentes aconteçam aos finais de semana, em áreas de rio aberto e com correnteza.
— O Rio Uruguai é o principal gargalo da nossa região. Isso se deve ao grande volume de pessoas que buscam se refrescar por ali, especialmente na região de Nonoai. No entanto, é um local de correnteza e nível alto, fatores que os banhistas ignoram ou até mesmo desconhecem e acabam resultando em acidentes, muitos fatais — pontua o comandante.
Outros locais que também reservam seus perigos são os populares lagos e cachoeiras. Apesar da tranquilidade que transmitem, os banhistas devem conhecer o local de banho e assegurar que o local é seguro.
Também é essencial que os usuários respeitem sinalizações, especialmente quando indicam locais proibidos. A seguir, confira alguns cuidados básicos e fundamentais para evitar riscos:
Fonte: GZH Passo Fundo
Foto: Diego Camargo
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