Imóvel em Lajeado, no Vale do Taquari, usado como depósito por grupo criminoso, foi descoberto após trabalho do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Enquanto faziam buscas numa casa, que seria usada como ponto de armazenamento de armas por uma facção criminosa, envolvida em assassinatos, policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) localizaram um lança-foguetes antitanque. A arma de guerra foi apreendida na tarde de segunda-feira (18) em Lajeado, no Vale do Taquari. No mesmo local, os agentes apreenderam ainda um fuzil, dois revólveres e uma pistola. A origem do armamento é investigada pela Polícia Civil.
Em vídeos, obtidos por GZH, é possível ver o momento em que os policiais vasculham a casa. Os armamentos estavam escondidos em diferentes pontos do imóvel. Para localizar os armamentos foi necessário fazer uma busca detalhada. Ao abrirem um fundo falso, em uma escada de madeira, sob um vaso de plantas, os policiais encontraram os dois revólveres e a pistola. Em outra área da casa, onde estavam armazenados sacos com produtos recicláveis, os agentes descobriram o fuzil de calibre 556 – a arma também tem alto poder lesivo.
Já o lançador de foguetes foi encontrado no pátio do imóvel, também escondido. A arma estava embalada em sacos plásticos, ocultada por tábuas e uma escada, junto a um muro. Ao desembalarem, os policiais depararam com o lança-foguetes.
— É a retirada de um símbolo de poder do crime organizado porque eles possuem estas armas como forma de impor terror, ameaçar outras facções. A retirada desse armamento, sem dúvidas nenhuma é a perda de um símbolo de poder, retirada pelo Estado do crime organizado. É uma apreensão histórica do DHPP. Se iria acontecer uma escalada entre as facções, certamente isso vai ser um golpe muito forte — diz o delegado Mario Souza, diretor do DHPP.
A arma será encaminhada ao Exército para passar por uma análise. Um dos intuitos é saber a origem do armamento e também se o lança-foguetes estava em condições de ser usado. Segundo o chefe da Polícia Civil, Fernando Sodré, em uma análise inicial aparentemente a arma estava apta para uso, mas isso ainda precisa ser confirmado. O míssil, que é a munição usada para carregar o armamento, não foi encontrado no local.
— Vamos fazer uma avaliação técnica, para ver qual é o tipo exato de armamento. Vamos verificar se é de uso permanente. Há alguns que são usados uma vez só. Nós não sabemos ainda se esse equipamento estava num nível de operacionalidade. Vamos encaminhar ao Exército para uma avaliação. Com certeza, pela experiência que temos, estava em condições de ser utilizado, mas vamos confirmar isso a partir de uma perícia do Exército — afirma o delegado.
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