Não é novidade que o crescimento urbano de Sarandi nos últimos anos vem impondo recorrentes desafios para a comunidade. Somente no Centro de Sarandi, o tráfego intenso de veículos e pedestres, a frota veicular cada vez mais numerosa, os alagamentos registrados após chuvas de elevada intensidade, além da necessidade de aumentar a eficiência do recolhimento de lixo são apenas alguns dos pontos que precisam ser listados.
Um projeto de reformulação do trânsito chegou a ser apresentado há alguns anos, prevendo a alterações tímidas no formato dos estacionamentos, que passariam nas avenidas principais do tradicional oblíquo para o paralelo, entre outras mudanças que geraram polêmica no município e motivaram a suspensão da iniciativa do Poder Público Municipal. Neste ano, assumindo o Governo, o prefeito Nilton Debastiani e o vice-prefeito Reinaldo Nicola encomendaram um amplo reestudo das condições do Centro e a elaboração de uma nova proposta a ser apresentada à comunidade sarandiense.
PROMOBI é uma das iniciativas pensando no Sarandi Centenário, diz Debastiani.
– É só com um planejamento amplo e de longo prazo que vamos poder preparar Sarandi para o seu centenário – afirma o prefeito Nilton Debastiani, sobre o notório conjunto de ações para o futuro do município, batizado de Plano Sarandi Centenário – um desses projetos que esteve em elaboração ao longo deste ano e agora podemos apresentar para a comunidade é o Programa Municipal de Mobilidade e Infraestrutura Urbana – anuncia.
Ao longo das últimas duas semanas, a nova proposta, mais ampla e complexa que a anterior, foi apresentada para avaliação de órgãos e entidades representativas, antes de ser demonstrada em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, dia 08 de dezembro, no Gabinete do Prefeito. Segundo Debastiani, todo o projeto será amplamente debatido, inclusive em audiência pública, para que a comunidade dê a palavra final.
– Nada será imposto de cima para baixo, o que for feito será fruto de um diálogo com todas as forças vivas da nossa comunidade – destaca.
Estacionamentos mistos preservam número de vagas e possibilitam duas faixas de circulação.
Um dos maiores questionamentos levantados quando da apresentação de propostas diferentes para o formato dos estacionamentos é com relação à quantidade de vagas disponíveis. A proposta apresentada nos últimos anos previa a transformação do atual formato oblíquo, que oferece um número maior de vagas, para o formato paralelo, o que implicaria numa redução substancial do espaço disponível. No reestudo promovido neste ano para a elaboração do PROMOBI, a Secretaria de Obras Urbanas e Planejamento – SOURB busca conciliar o número de vagas com alternativas para melhorar o tráfego:
Conforme o secretário Carlos Eduardo Portes da Silva, para a determinação desse formato, foi considerado a largura total do leito das avenidas, medido em aproximadamente 22m de um cordão ao outro de cada passeio. Da mesma forma, as medições foram realizadas em todas as quadras e em determinados locais, soluções pontuais serão implementadas:
– Uma das quadras que exigirá um projeto específico é a Avenida Sete de Setembro em frente à Cotrisal, a qual pensamos em um acesso seguro para o estacionamento e que não prejudique a fluidez do trânsito – diz Carlos.
Recuos das faixas de pedestres, faixas elevadas e obras de segurança.
Como proposta de solução para a questão da insegurança nos trechos de esquinas, está sendo apresentado o projeto de recuo das faixas de pedestres na rótula das Avenidas Expedicionário com a Sete de Setembro, com a construção também de faixas elevadas, buscando reduzir a velocidade dos veículos nessas passagens e conferir maior cuidado com as pessoas:
– No caso das faixas de pedestres, não é só pintar uma faixa nova mais recuada – explica Carlos – temos que pensar em todas as intervenções necessárias para tornar isso possível: a construção das faixas elevadas, rampas para cadeirantes, na Avenida Sete de Setembro tem o posto da Brigada Militar no canteiro que terá de ser retirada e reconstruída em outro lugar, entre outros pontos que foram avaliados.
Bocas-de-lobo “inteligentes” e padronizadas serão implementadas para melhorar a drenagem.
Outro ponto importante a receber intervenção neste momento é a padronização das bocas-de-lobo nas avenidas:
– As bocas-de-lobo das avenidas são todas de tamanhos diferentes entre si e ainda, muitas delas são muito pequenas – diz o secretário – nós sabemos que quanto menores as entradas, mais fácil é de obstruir a drenagem da água por causa do lixo que nós seguidamente encontramos depositado no chão. Essa não é a única, mas é mais uma das razões para os alagamentos. Também tem a questão do mau cheiro que sentimos perto das bocas-de-lobo.
A solução, segundo Carlos, será a adoção de um novo mecanismo: as bocas-de-lobo inteligentes: um mecanismo que em dias de chuva, pelo peso da água, automaticamente se abre permitindo a entrada de água, mas em dias de sol se fecha, evitando a saída do mau-cheiro ou de insetos que vivem nas tubulações e a entrada de lixo em dias de sol que viriam a entupir a passagem de água.
– Essas bocas-de-lobo tem um tamanho padronizado e nós já testamos em um projeto-piloto no Bairro Vicentinos, com um resultado altamente satisfatório – assegura o secretário.
Estacionamento rotativo e transporte coletivo.
O prefeito Nilton Debastiani relembra que projetos anteriores apresentados previam a adoção do estacionamento rotativo, porém, com uma eventual redução do número de vagas, a manutenção do serviço por empresas privadas estaria com a lucratividade comprometida, o que afastaria interessados:
– Com o nosso projeto que estamos apresentando hoje, outro aspecto positivo que avaliamos é a possibilidade de atrair empresas interessadas em explorar o serviço – diz Debastiani – também, conforme uma lei municipal aprovada no Legislativo, nós teremos um prazo de 180 dias a contar da adoção do estacionamento rotativo para licitar e contratar uma empresa para oferecer o transporte coletivo à população, que é um dos nossos compromissos de campanha. A ideia é que o recurso do estacionamento rotativo ajude a subsidiar o transporte coletivo, resultando em uma redução do preço final de passagens ao cidadão.
Matéria: DECOM – Sarandi;
Fotos: Alexandra Alievi – Rádio Minuano;
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