O príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, do Reino Unido, morreu aos 99 anos nesta sexta-feira (9). Ele completaria 100 anos em junho.
A causa exata da morte ainda não foi informada pelo Palácio de Buckingham. Em fevereiro, ele passou mal e foi internado como “medida de precaução”. No entanto, o príncipe precisou ser submetido a uma cirurgia cardíaca. Ele recebeu alta depois de um mês.
“É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo”, disse o palácio em um comunicado.
Ele se casou com Elizabeth em 1947 e teve um papel fundamental na modernização da monarquia no período pós-Segunda Guerra Mundial. Por trás das paredes do Palácio de Buckingham, era a única figura chave a quem a rainha podia recorrer e em quem confiar.
Em um discurso que marcou seu 50º aniversário de casamento em 1997, Elizabeth fez uma rara homenagem pessoal a Philip: “Ele tem, simplesmente, sido minha força e permanência todos esses anos”.
Apesar do protocolo, que o obrigou a estar sempre atrás da rainha e só cumprimentar as pessoas depois dela, em privado ele era considerado o chefe da família.
Philip não acompanhava sempre Elizabeth II —ele fez mais de 22 mil eventos só. Em agosto de 2017, ele se retirou da vida pública, apesar de, eventualmente, ainda aparecer em compromissos oficiais.
A última aparição foi em julho do ano passado, numa cerimônia militar no castelo de Windsor, o palácio onde ele e a rainha decidiram permanecer durante o período de Covid-19.
Com a morte de Philip, há especulações sobre o que a rainha poderá fazer. Os especialistas em questões reais dizem que muito dificilmente ela vai abdicar.
Nos últimos anos, ela diminuiu a quantidade de eventos e passou alguns dos compromissos oficiais ao seu filho Charles e ao seu neto Wiliam.
Ela continua a cumprir as obrigações mais simbólicas da monarquia, como a abertura do Parlamento do Reino Unido.
Alguns dos comentaristas sobre a realeza afirmam que Philip era tido como um líder da família de fato, e que, nos últimos anos, com a saúde deteriorada, ele precisou se abster. Isso explicaria problemas como a crise com o príncipe Harry e sua mulher Meghan, que decidiram desistir de seus papéis reais.
Fonte: G1 RS
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