O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, nesta quarta-feira (25/08), o chamado “marco temporal”, que pode mudar o entendimento sobre demarcações de terras indígenas em todo o país, onde só serão consideradas áreas indígenas aquelas em posse de povos nativos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição.
O julgamento é de um caso de área de Santa Catarina, onde analisa-se o marco temporal, que abrirá ou não precedente para decisões semelhantes.
O tema já causou protestos no estado. Grupos de indígenas da região de Iraí, bloquearam a BR 386 na altura do quilômetro dois da rodovia, em protestos contra o projeto de Lei (PL 490/2019). A manifestação com cartazes e caminhadas, acontece desde a manhã desta terça feira (24/08), e segundo dados da Polícia Rodoviária Federal o trânsito é liberado periodicamente.
Já na última segunda-feira (23/08), em Passo Fundo, o julgamento foi motivo de protesto de produtores rurais, que defendem outro projeto de lei que tramita na Câmara Federal e temem que milhares de famílias sejam atingidas pela decisão. Levando tratores para a ERS-324 para se manifestarem contra a possibilidade de que apenas as terras ocupadas pelos indígenas até a data da promulgação possam ser demarcadas. Eles defendem que “Onde a terra já é agricultável, ela é nossa. Precisamos que isso não ocorra para que agricultores continuem em cima das suas áreas, produzindo o alimento, que é o que a gente sabe fazer”, diz o representante do Sindicato Rural de Passo Fundo, Jadir Dutra.
Em Getúlio Vargas, na mesma região, cerca de 300 produtores também se mobilizaram durante todo o dia. “São produtores que têm tradição nas suas comunidades, que formaram suas famílias, construíram toda uma história, e que estão produzindo soja, milho, trigo, arroz, feijão. O impacto econômico na nossa cidade, na nossa região, vai ser enorme”, protesta o presidente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, Luiz Carlos da Silva.
Segundo os próprios agricultores, caso seja revogado o marco temporal, em área de 15 municípios 100 mil hectares poderiam ser demarcados, atingindo cerca de 3,5 mil famílias. “Esses produtores compraram áreas do governo do estado e pagaram, mais de 100 anos atrás, e têm suas estruturas legitimadas. Se o Supremo revogar o marco temporal, qualquer cidade pode ser engolida por uma demarcação”, comenta o advogado Alexander da Rosa.
Fonte: Jornal O Alto Uruguai; Portal G1 – RS.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |