Quatro anos sem Berenice Azambuja: o legado que segue vivo na música gaúcha

Neste 3 de junho, completam-se quatro anos da morte de Berenice Azambuja, uma das vozes mais marcantes da música tradicionalista do Rio Grande do Sul. Natural do bairro Partenon, em Porto Alegre, Berenice nasceu em 21 de março de 1952 e faleceu em 2021, aos 69 anos, em Passo Fundo, vítima de uma parada cardíaca decorrente de um câncer no pâncreas.

Filha de músicos, começou sua trajetória ainda na infância. Aos 11 anos, já formada em teoria musical, participou do programa Clube do Guri ao lado de Elis Regina. Aos 15, abandonou os estudos para dedicar-se integralmente à música, destacando-se nos conjuntos de baile da época.

Berenice foi pioneira ao adaptar o chiripá, traje tradicionalmente masculino, para uso feminino, quebrando paradigmas no meio tradicionalista. Seu primeiro disco, Fogo de Chão, foi lançado em 1975, mas o sucesso chegou com Gauchinha Faceira (1976) e Romance de Terra e Pampa (1980), que trazia o clássico “É Disto Que o Velho Gosta”, canção que virou hino do gênero e foi regravada por inúmeros artistas.

Com uma carreira sólida, Berenice lançou 17 álbuns, um DVD e conquistou três Discos de Ouro. Em 2016, tentou ingressar na política como candidata a vereadora em Cidreira (RS), mas não foi eleita.

Mesmo após sua partida, o legado de Berenice Azambuja segue presente na cultura gaúcha, influenciando gerações de músicos e mantendo viva a tradição da música do sul do Brasil.