Extremidades climáticas desorganizam o período de semeadura do grão e já consolidam perdas na principal área produtora do país
Após três safras cultivadas sob estiagem, a expectativa de alguns especialistas é que o Estado seja o único do país a ter crescimento de produtividade nas lavouras de soja. Com perspectiva de quebra na produção nacional do grão na safra 2023/2024 por conta do clima seco no bioma Cerrado, o mercado aposta no potencial produtivo do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de países como Argentina e Paraguai para compensar as perdas e manter o nível atual de preços. Apesar do alto volume de chuva ocorrido no Estado durante a primavera, os sojicultores implantaram, até a semana passada, 94% da área projetada para a cultura, conforme a Emater/RS-Ascar.
No Mato Grosso, maior produtor nacional de soja, a falta de chuvas e as altas temperaturas decorrentes do fenômeno El Niño atrasaram a semeadura e exigiram a ressemeadura de 5,81% da área prevista, de 12,13 milhões de hectares. Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção deste ciclo deve cair 7,04% em relação à temporada passada. O prazo para plantio da cultura no estado se encerraria no dia 24 de dezembro de 2023, mas foi prorrogado até 13 de janeiro a pedido dos próprios produtores.
Segundo a consultoria AgRural Commodities Agrícolas, o Mato Grosso já tem perdas consolidadas em torno de 3,5 milhões de toneladas. “Este ano, a gente viu o produtor plantando ou replantando em dezembro e temos mais áreas com dois replantios e estande irregular de plantas”, afirma o engenheiro agrônomo e consultor da AgRural Adriano Gomes, citando também a situação crítica do Centro-Oeste e da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
A próxima estimativa da AgRural deverá ser divulgada na primeira semana de janeiro e deve dar mais uma pista frente às incertezas e à insegurança sobre o tamanho da safra. “Muito provavelmente, já virá com mais um corte para a produção do país”, estima Gomes. O temor dos agricultores é com a persistência e piora do quadro de déficit hídrico, estendendo as perdas também para a região do Matopiba, onde o plantio também apresenta dificuldades, especialmente no oeste baiano.
No início de novembro, a AgRural estimou que a safra brasileira de soja chegaria a 163,4 milhões de toneladas. Em 30 de novembro, um novo estudo calculou a perda de 4,3 milhões de toneladas e ajustou a estimativa para 159,1 milhões de toneladas, redução de 2,64%. “O maior corte foi em Mato Grosso, de 3,5 milhões de toneladas, devido à estiagem”, detalhou Gomes
Fonte: Correio do Povo
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