Recentemente, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou 5 casos de febre amarela em macacos mortos em outubro no Rio Grande do Sul, especificamente em São Borja, Santo Antônio das Missões, Riozinho e Três Coroas. No primeiro semestre de 2023, o estado já havia registrado outras duas infecções em macacos bugios pelo vírus da febre amarela — em Caxias do Sul e em Santo Antônio das Missões.
A bióloga Valeska Lizzi Lagranha, especialista em saúde do Programa de Arboviroses do Cevs, esclarece que, assim como os humanos, os bugios adoecem, mas não transmitem a doença. Eles são infectados pela picada de mosquitos e são importantes em termos de vigilância em saúde.
“Porque quando se encontram macaco bugio doente numa mata, ele é pesquisado, é detectado a infecção com o vírus da febre amarela; ele nos ajuda a entender que naquela região silvestre está tendo a circulação viral que faz com que a gente possa fazer ações de vigilância em saúde, campanhas vacinais nessa região, já que está tendo a circulação do vírus”, explica.
A transmissão da febre amarela, assim como a dengue, zika e chikungunya ocorre através da picada de um mosquito infectado com o vírus. Segundo a especialista, no Brasil a febre amarela se manifesta principalmente em regiões silvestres, ou seja, em ambientes rurais e florestais. Atualmente, não há transmissão em áreas urbanas.
“A gente pede sempre que a população fique atenta às vigilâncias municipais, para que qualquer animal doente ou morto na área rural dos municípios, que a Vigilância Municipal seja comunicada para que possa fazer a análise e pesquisar a detecção, presença ou não do vírus da febre amarela nesses animais”, avalia.
Lagranha avalia que a febre amarela, sendo uma doença febril aguda imunoprevenível, pode ser prevenida pela vacinação. Ela destaca que a doença tem uma gravidade variável, mas quando atinge formas graves, a letalidade é significativamente alta.
“Os sintomas da febre amarela são principalmente uma febre de início súbito, uma febre alta, cefaléia intensa e duradoura, aquela dor de cabeça que não passa, uma inapetência, náusea, dores musculares, icterícia, então o aspecto da pele e do olho começa a ficar amarelado”, expõe.
A bióloga ressalta que a gravidade da doença se deve, em parte, à possibilidade de o paciente desenvolver problemas hemorrágicos.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, a vacinação contra febre amarela é recomendada em todos os 497 municípios do estado e está disponível nos postos de saúde durante todo o ano.
A primeira dose é indicada aos 9 meses e o reforço aos 4 anos. Pessoas vacinadas após os 5 anos geralmente não precisam de reforço.
Antes de viajar para áreas de risco, a vacina deve ser tomada pelo menos 10 dias antes.
Além da vacina, o uso de repelente e roupas que protejam braços, pernas e pés em áreas de mata é aconselhável.
Fonte: Brasil 61;
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