RS reduz casos, mas segue como o Estado com mais registros de violência contra pessoas LGBT+

O Rio Grande do Sul continua liderando, de forma negativa, os registros de violência contra pessoas LGBT+ no Brasil. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o Estado apresenta os maiores números absolutos de lesões corporais dolosas, homicídios e estupros contra essa população.

Ao todo, foram 1.004 casos de agressões intencionais registradas contra pessoas LGBT+ no território gaúcho neste ano. O Estado também concentrou o maior número de homicídios dolosos, com 46 mortes, e lidera ainda os casos de estupro contra vítimas LGBT+, somando 129 dos 444 registrados em todo o país.

Apesar da posição preocupante, o levantamento mostra uma queda nos registros em comparação com 2023. Naquele ano, o Rio Grande do Sul contabilizou 1.055 casos de lesões corporais dolosas, 73 homicídios e 143 estupros. A redução, embora significativa, não foi suficiente para tirar o Estado do topo do ranking nacional.

Os dados fazem parte da 19ª edição do Anuário, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), e divulgado nesta quinta-feira (24). Um dos fatores que podem explicar à alta nos números absolutos é o fato de o RS ter uma das maiores proporções de pessoas que se autodeclaram LGBT+ no país, o que torna a população-alvo mais visível nas estatísticas — e, infelizmente, também mais vulnerável.