Sarandi recebe a Chama Crioula nos dias 27 e 28 de agosto – Conheça algumas curiosidades

A cerimônia de acendimento da Chama Crioula acontecerá em Sarandi nos dias 27 e 28 de agosto, em seguida será distribuído às entidades da 7ª Região Tradicionalista.

Da mesma forma, cada uma das 30 regiões do MTG passará pelo ritual, em uma tradição que perdura por aproximadamente 70 anos. Desde o ano passado, o acendimento da centelha deixou de ser realizado em uma única cidade e passou a ser regionalizado, para evitar aglomerações.

A 9ª Região foi a primeira do Estado a realizar o acendimento, na manhã da última quarta feira (18/08) em Cruz Alta, como símbolo dos Festejos Farroupilhas e também como forma de comemorar os 200 anos do município, conhecido por sediar a Coxilha Nativista.

Os Festejos Farroupilhas deste ano têm por objetivo homenagear e comemorar o bicentenário de nascimento de Anita Garibaldi, uma das personalidades femininas mais cultuadas do Sul do Brasil. “Caminhos de Anita” pretende retratar a heroína conhecida por sua participação e envolvimento direto na Revolução Farroupilha (1835-1845). No dia 14/09, o governador Eduardo Leite abrirá a Semana Farroupilha ao receber a Chama Crioula, no Palácio Piratini, e acender o candeeiro, iniciando oficialmente os Festejos que vão de 14/09 a 20/09.

História

Em 1947, um grupo de estudantes liderado por João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes capturou com um cabo de vassoura a chama da Pira da Pátria, no Parque Farroupilha, e a carregou pelas ruas de Porto Alegre.

O gesto acendeu (literalmente) a autoestima e a tradição gaúchas em um período pós-guerra em que o Brasil convivia com as marcas do Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945), que propagou a unidade nacional inibindo a valorização do regional.

Curiosidade sobre a Chama Crioula

• A chama é carregada a aproximadamente 300 municípios;
• Cavaleiros de 30 regiões do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) partem para diferentes cantos do Estado;
• Há cidades que, quando recebem a chama, fazem um evento no qual ela é redistribuída para outros municípios da região;
• A chama passou a ser levada também para Santa Catarina, e já foi acesa em Colônia do Sacramento, no Uruguai;
• Os grupos que levam as chamas para as diferentes regiões do Estado partem para diferentes destinos. Há trajetos que superam os 500 quilômetros, como os dos cavaleiros que vão ao Chuí e à Uruguaiana;
• Grande parte dos grupos leva os cavalos até o município onde é distribuída a chama. De lá, partem montados no animal. Os que podem, têm mais de um cavalo para fazer um revezamento;
• A chama é levada pelos cavaleiros, mas para caso o fogo apague, normalmente vai um lampião com a chama dentro de um carro ou caminhão;
• Uma equipe vai na frente dos cavaleiros, de carro ou caminhão, para montar os acampamentos e preparar as refeições;
• Os cavaleiros pegam a estrada cedo da manhã e cavalgam até o início da tarde. A média diária é de aproximadamente 30 quilômetros percorridos;
• A chama é mantida em um candeeiro. Não se usa gás: é óleo diesel e pavio de lã;

Fonte: Portal g1 RS, Gaúcha ZH e Secretaria da Cultura – RS.