Sedentarismo provoca perda de força muscular entre crianças e adolescentes, alertam pesquisadores

Um levantamento conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com cientistas da Austrália e da França, acende um alerta sobre o avanço da dinapenia infantil — condição caracterizada pela perda de força e potência muscular entre crianças e adolescentes.

Antes associada ao envelhecimento, a dinapenia agora afeta faixas etárias cada vez mais jovens, impulsionada por hábitos sedentários e pelo uso excessivo de telas, agravados durante a pandemia de Covid-19. O isolamento social e a redução de atividades ao ar livre resultaram em uma mudança significativa no comportamento motor de crianças e jovens.

De acordo com os pesquisadores, os níveis de força muscular hoje são visivelmente menores em testes físicos simples, como saltos, suspensão em barras, resistência abdominal e extensão de joelhos.

O problema não afeta apenas o desempenho em atividades esportivas, mas compromete o desenvolvimento motor geral e aumenta o risco de doenças crônicas no futuro.

Especialistas recomendam atenção dos pais e responsáveis a sinais como cansaço excessivo em brincadeiras, dificuldade em subir escadas ou carregar objetos leves. A promoção de hábitos ativos e a limitação do tempo de tela são medidas fundamentais para combater o problema e promover uma infância mais saudável.