Setembro Amarelo: solidão e ansiedade acendem alerta no Brasil

A solidão foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das maiores ameaças à saúde global. Uma em cada seis pessoas no mundo vive em solidão, condição associada a mais de 871 mil mortes anuais. O isolamento aumenta o risco de depressão, ansiedade, pensamentos suicidas e doenças como AVC e diabetes tipo 2.

Nas Américas, cerca de um em cada sete habitantes convive com a solidão. Entre 2014 e 2019, foram registradas 87 mil mortes anuais relacionadas ao isolamento social.

No Brasil, o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brazil) mostra que três em cada dez idosos vivem socialmente isolados, especialmente em situações de baixa renda, perda de vínculos familiares e falta de políticas de suporte comunitário.

O Censo de 2022 revelou o rápido envelhecimento da população: o número de pessoas com 65 anos ou mais subiu de 7,4% em 2010 para 10,9% em 2022. Em 2023, o país já tinha 33 milhões de idosos, e a projeção é que até 2070 quase quatro em cada dez brasileiros estejam nessa faixa etária.

Além do desafio do envelhecimento, especialistas alertam para o crescimento dos transtornos mentais entre crianças e adolescentes. Segundo o Ministério da Saúde, os casos de ansiedade e depressão nessa faixa etária atingiram recorde em 2025.

Sinais de alerta em crianças e adolescentes:

• Tristeza excessiva e persistente
• Isolamento social
• Alterações no sono
• Mudanças no apetite
• Dificuldades de aprendizagem
• Comportamento irritadiço ou apático
• Déficit de atenção

A campanha Setembro Amarelo, dedicada à prevenção do suicídio, reforça a importância de identificar esses sinais precocemente e de oferecer apoio emocional, social e médico a quem enfrenta situações de sofrimento psíquico.