A doença é uma das que mais afeta a população privada de liberdade
Com o objetivo de contribuir para a eliminação da tuberculose no sistema prisional, um projeto proposto pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) aplicará estratégias de triagem em massa de apenados e educação permanente em saúde para trabalhadores que atuam no âmbito prisional gaúcho. As primeiras reuniões de alinhamento para o desenvolvimento da iniciativa foram realizadas nesta quinta-feira (11), nas secretarias de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS) e da Saúde (SES).
Além do Rio Grande do Sul, o projeto ocorrerá em Goiás, São Paulo e Espírito Santo. Os sistemas prisionais do Paraguai e de Moçambique também serão abrangidos pela ação. A iniciativa conta com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e será coordenada pela professora da Unisc, Lia Possuelo.
Para Possuelo, a expectativa é de que a triagem, atrelada à educação, possa diminuir as taxas gerais de transmissão da doença entre indivíduos encarcerados nos locais selecionados e proporcionar benefícios à saúde da população em geral.
O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, abordou a importância da aproximação do Estado com instituições de ensino. “Buscamos sempre aprimorar políticas públicas. Essas relações com universidades qualificam o serviço que prestamos à sociedade e melhoram cada vez mais o tratamento voltado aos apenados, especialmente em casos como esse, de combate à tuberculose”, disse Viana.
O risco de adoecimento por tuberculose entre a população privada de liberdade é 28 vezes maior do que entre a população em geral. O Brasil tem como meta reduzir a incidência de tuberculose para menos de dez casos a cada 100 mil habitantes. Para atingir esses indicadores, é necessário identificar estratégias que potencializam a implementação de tecnologias para aprimorar o acesso, o rastreamento, a triagem, o diagnóstico e o tratamento da tuberculose ativa no sistema prisional.
“A nossa parceria com a Unisc tem se mostrado muito qualificada e trazido muitos benefícios à população. Esse é mais um momento em que pesquisa, ensino e atendimento às pessoas, neste caso, privadas de liberdade, promovem e cuidam da saúde da população”, ressaltou a secretária-adjunta da Saúde, Ana Costa, que participou da reunião. “A tuberculose precisa ser cuidada para que se diminua a cadeia de transmissão. Fazermos isso juntos beneficia toda a população gaúcha.”
A partir do projeto, novos conhecimentos referentes ao controle da tuberculose no ambiente prisional serão produzidos e poderão servir como base para a qualificação e o desenvolvimento de políticas públicas. Além disso, as ações poderão culminar na disseminação de técnicas para aprimorar o desempenho das equipes de trabalhadores da área e ampliar a participação de instituições de ensino e pesquisa em espaços como o sistema prisional.
Também estiveram presentes nas reuniões o diretor-geral da SSPS, Pablo Rodrigues, o coordenador da Assessoria de Relações Institucionais, Ricardo Amaral, a diretora do Departamento de Políticas Penais (DPP) da SSPS, Cátia Lara Martins, a chefe da Divisão de Integração Social do DPP, Márcia Gabriela Lemos, a diretora do Departamento de Tratamento Penal da Polícia Penal, Rita Leonardi, e a representante do Departamento de Atenção Primária e Políticas da Saúde da SES, Milena Mantelli.
Execução do projeto
O projeto será realizado em quatro etapas. Na primeira, será feito um diagnóstico da situação da tuberculose no sistema prisional, com rodas de conversas com servidores e levantamento de indicadores. Na segunda, serão realizados eventos informativos para trabalhadores da comunidade carcerária.
A terceira etapa será exclusiva ao Rio Grande do Sul, que passará por um estudo piloto. Oito unidades prisionais, com diferentes incidências de tuberculose, serão selecionadas para que a eficiência do processo de triagem em massa no controle da doença seja avaliada. Ao todo, 5 mil pessoas privadas de liberdade passarão por testes no Rio Grande do Sul. A quarta fase será marcada pelo monitoramento e pela avaliação das ações.
Fonte: Secom – RS
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |