Os próximos dias de abril serão de baixos volumes de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 14/2021, divulgado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), em parceria com a Emater-RS e o Irga.
Nesta sexta-feira (09), o tempo firme predominará, com elevação das temperaturas em todo Estado. No sábado (10) e domingo (11), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Campanha e Zona Sul.
Na segunda (12), o tempo seco predominará na maioria das regiões. Somente nas faixas Norte e Nordeste ainda ocorrerá grande variação de nuvens, com chance de chuvas isoladas. Na terça (13) e quarta-feira (14), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme e provocará o declínio das temperaturas, com mínimas abaixo de 10°C na maioria das regiões e valores próximos de 5°C na Campanha e Campos de Cima da Serra.
Os valores de precipitação previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das localidades da Metade Norte. Nas demais regiões os totais oscilarão entre 25 e 60 mm, mas poderão superar 100 mm no Extremo Sul do Estado.
A colheita das culturas de verão avançou significativamente no Estado, favorecida pelas condições climáticas. A prioridade de colheita se dá nas culturas da soja e do arroz em detrimento do milho, que pode ficar mais tempo exposto. Estruturas de armazenagem no Estado também limitam a entrada do grão para dar espaço à soja. Na região de Frederico Westphalen, as áreas plantadas em resteva de milho ou de fumo estão em fase de floração e formação de grãos e apresentam bom desenvolvimento. O tempo bom e as temperaturas amenas foram muito importantes para acelerar a colheita. Na região de Pelotas, a safra será excelente, avançando a colheita, entram as áreas implantadas nas melhores épocas, potencial produtivo elevado e na maior parte do seu ciclo, permaneceram com condições muito boas de umidade no solo. O clima seco e piso suficiente para o trânsito de máquinas favoreceram a colheita. Na região de Santa Rosa, a produtividade varia de 2.700 a 5.760 quilos por hectare. Esta variabilidade ocorre em função nas diferenças de precipitação ao longo do ciclo nas diversas localidades, tipo e profundidade de solo e capacidade de armazenamento de água, variedades utilizadas e época de semeadura, mas também muito em função das tecnologias e manejo adotado.
Segue a colheita do feijão primeira safra nos Campos de Cima da Serra. O feijão segunda safra apresenta bom desenvolvimento nas diversas regiões, no entanto, na de Soledade e de Frederico Westphalen ocorre incidência de antracnose e mosca branca, respectivamente.
A colheita do fumo está encerrada na região de Santa Rosa e Porto Alegre e em finalização nas regiões de Pelotas e Soledade. Na de Pelotas, a partir da segunda quinzena de janeiro, os dias mais nublados e a umidade constante no solo proporcionaram melhores condições para as plantas continuarem seu desenvolvimento vegetativo, proporcionando produtividades de 1.800 a 2.400 quilos por hectare. Produtores realizam atividades de classificação do tabaco nos galpões de armazenamento das folhas secas. Na de Santa Rosa, a qualidade do fumo desta safra é inferior à anterior. Já na de Soledade, é boa a qualidade das folhas. Atividades intensas nos galpões com classificação das folhas e comercialização; melhorou a satisfação dos agricultores com relação a classificação do tabaco pelas empresas. Na de Porto Alegre, fase final de seleção e comercialização. Alguns produtores já começaram o preparo de canteiros e mudas para a próxima safra, e a semeadura.
De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a área colhida de arroz no Rio Grande do Sul até o momento é de 668.561 hectares, o que representa 70,68% da área total semeada de 945.940 ha. Em apenas sete dias, foram colhidos 138.805 hectares. A produtividade média é de 8.946 quilos por hectare. A Planície Costeira Externa ainda é a regional mais adiantada nos trabalhos de colheita, com 79,77% (85.595 ha dos 107.300 ha semeados). Logo após vem a Fronteira Oeste, com 75,70% (210.703 ha de 278.349 ha). Todas as demais regionais já ultrapassaram os 60%.
Fonte: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR)
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