Xaropes caseiros contra gripe e resfriado: o que realmente ajuda?

Basta o nariz começar a escorrer ou surgir uma tosse mais persistente para as receitas caseiras ganharem destaque. Mel, alho, hortelã, gengibre… são os ingredientes mais lembrados – e testados – nesses momentos, muitas vezes com base nas recomendações das avós.

Mas será que os xaropes caseiros realmente funcionam? E os medicamentos industrializados servem para qualquer tipo de problema respiratório? Antes de tudo, especialistas alertam que é importante diferenciar gripe de resfriado:

Gripe – Causada pelo vírus influenza, provoca sintomas mais intensos como febre alta, dores no corpo, congestão nasal e tosse forte. A melhor forma de se proteger é a vacinação, especialmente no outono e inverno. O tratamento costuma incluir repouso e medicamentos para aliviar os sintomas.

Resfriado – Pode ser causado por mais de 100 tipos de vírus, como o rinovírus. Os sintomas são mais leves, e o tratamento envolve hidratação, repouso e, se necessário, uso de antitérmicos.

Segundo especialistas, nem os xaropes caseiros nem os industrializados curam essas doenças – eles servem para aliviar os sintomas, especialmente a tosse.

Entre os ingredientes naturais mais usados, alguns têm benefícios comprovados:

• Mel – Comprovadamente eficaz no alívio da tosse, possui propriedades calmantes e antibacterianas.
• Alho – Atua como antiviral e antibacteriano, além de estimular o sistema imunológico. Também tem efeito expectorante.
• Casca de abacaxi – Rica em bromexina, substância com ação expectorante que facilita a eliminação de muco.
• Hortelã – Ajuda a aliviar a tosse por ter propriedades expectorantes e calmantes.
• Gengibre – Lubrifica as vias aéreas, especialmente a laringe, reduzindo a irritação da tosse.
• Guaco – Planta medicinal com ação anti-inflamatória e expectorante, comum em xaropes naturais.

Apesar dos benefícios, o uso excessivo dessas substâncias também pode causar efeitos colaterais. Por isso, o ideal é utilizá-las com moderação e, sempre que possível, buscar orientação médica – especialmente em casos de sintomas persistentes ou mais intensos.