Adolescente é preso após confessar assassinato dos pais e do irmão em Itaperuna (RJ)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na quarta-feira (25), um adolescente de 14 anos suspeito de matar os próprios pais e o irmão de apenas três anos, no distrito de Comendador Venâncio, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Os crimes ocorreram no sábado (21) e, segundo as investigações, foram motivados pela proibição, por parte dos pais, de uma viagem que o jovem pretendia fazer para encontrar uma namorada com quem mantinha um relacionamento virtual.

De acordo com a polícia, o adolescente confessou os assassinatos em depoimento e demonstrou frieza ao relatar os fatos, chegando a afirmar que “faria tudo de novo”. Ele contou que conheceu a garota, da mesma idade, por meio de jogos online e, diante da recusa dos pais — Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, e Inaila Teixeira, de 37 — em autorizar o encontro, decidiu matá-los, junto ao irmão caçula.

Durante a madrugada de sábado, o adolescente aguardou que a família dormisse, pegou uma arma de fogo registrada em nome do pai — que possuía autorização como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) — e cometeu os homicídios. Em seguida, arrastou os corpos até a cisterna da casa, onde os escondeu, após espalhar um produto químico pelo chão da residência.

No domingo (22) e na segunda-feira (23), familiares começaram a estranhar a ausência do casal e do menino. Questionado, o adolescente alegou que o irmão havia engolido um caco de vidro e sido levado ao hospital pelos pais. A justificativa levantou suspeitas, uma vez que nenhum atendimento com essas características foi registrado em unidades de saúde da região.

Na terça-feira (24), a avó e um tio do adolescente registraram o desaparecimento da família. No dia seguinte, policiais civis foram até a residência para realizar uma perícia. No local, encontraram manchas de sangue, roupas ensanguentadas e os celulares das vítimas escondidos. Um forte odor vindo da cisterna levou à descoberta dos corpos.

O adolescente permanece apreendido e o caso segue sob investigação. A polícia agora apura se houve algum tipo de influência externa na motivação do crime, incluindo possíveis conversas com a jovem com quem o rapaz mantinha contato virtual.